O post de hoje é uma resposta sobre uma pergunta que o Pedro Menuchelli do formspring direcionou a mim. O Pedro também tem um blog e caso você queira conhecer é só clicar aqui: http://pedromenuchelli.blogspot.com/
O que, pra você, demonstra bem o significado do amor? Por que?
Tenho assistido com certa tristeza a banalização do amor. Na verdade o amor tem se tornado descartável, um sentimento substituível, de duração perecível. Isso se posso chamar o amor de sentimento. As pessoas insistem em acreditar que o amor é um sentimento e que como outro qualquer dura enquanto durar. Eu acredito que o amor é uma opção de vida. Só o verdadeiro amor poderá nos fazer felizes, só amando verdadeiramente podemos ser e nos tornar tudo o que devemos ser. Amar é preciso.
O amor tem perdido o sentido na vida das pessoas, por que ele tem sido assossiado ao prazer, foi-se o prazer, acabou-se o amor. Isso é muito triste. A angústia, a tristeza e as vezes a depressão pela qual muitas pessoas passam, é falta de um amor verdadeiro, de um amor que não passa. Apresente-me uma pessoa que ama incondicionalmente, que seja infeliz, angustiada ou deprimida. Se você realmente encontrar essa pessoa, alguém aqui está enganado, sendo assim eu preciso mudar alguns conceitos. Não é possível amar e ser infeliz, ninguém ama em vão, ninguém ama o nada.
Quando descobrirmos o poder de cura do amor e quando acreditarmos nesse poder, certamente vamos ver a vida sob outro prisma.
A questão é que nos auto-enganamos em busca do que chamamos amor e não nos concentramos na ideia de que o amor é uma opção que temos que fazer todos os dias. Acho isso formidável: amar por opção. O que acontece é que quando somos feridos em nossos sentimentos, as vezes perdoamos de verdade, as vezes não. E então a gente finge que esquece. Outras vezes, passamos a vida inteira lamentando, remoendo mágoas do passado e isso só acontece porque nos auto-enganamos acerca do amor. Todavia, talvez, em busca de uma felicidade passageira, tão passageira como a garota de Ipanema “que vem e que passa”. Nunca fica.
A natureza da banalidade do amor está, creio eu, na imaturidade das pessoas. No entanto só um amor verdadeiro pode amadurecer as pessoas, daí a necessidade de aceitarmos a correr o risco de vivenciar um amor incondicional, perseverante, esse amor nos levará a plenitude do que buscamos e além de tudo nos fará pessoas mais preparadas para a vida. O amor agradece e eu também.
Jason Waiderson